Nada de China, EUA ou Rússia: esta pequena nação lidera corrida por recursos espaciais

A exploração de recursos minerais e gasosos da Lua e dos planetas ao nosso redor está cada vez mais próxima. O Grão-Ducado de Luxemburgo ocupa posição de destaque na corrida pela exploração de mineração espacial.
Sputnik

Em 2016, foi aprovada a Lei de Recursos Espaciais e, desde então, o país já abriga dez empresas estrangeiras de mineração espacial.

"Desde fevereiro de 2016, assessoramos quase 200 empresas que nos contataram", afirmou Paul Zenners, do Ministério da Economia de Luxemburgo, à BBC. No entanto, este país, às vezes, é acusado de ser um paraíso fiscal, já que oferece muitos benefícios fiscais a empresas na hora de elas pagarem seus impostos. Hoje em dia, Luxemburgo é o segundo país, depois dos EUA, a legalizar a exploração de recursos minerais além do nosso planeta.

Parceria com a Rússia pode fazer Brasil pular etapas na corrida espacial
Luxemburgo também tentou atrair vários gigantes americanos do setor como Deep Space Industries e Planetary Resources, uma das primeiras empresas neste campo, financiada pelo cofundador da Google, Larry Page. Além disso, conta com presença da iSpace, empresa privada de exploração espacial sediada em Tóquio, mas que possui escritórios em Luxemburgo.

Graças à Lei de Recursos Espaciais de Luxemburgo, a indústria espacial representa atualmente 1,8% do PIB do país, sendo esta a maior porcentagem dentro da União Europeia.

Por outro lado, há alguns obstáculos legais na indústria da mineração espacial, como afirma um estudo realizado pela empresa de advocacia de Luxemburgo, Allen and Overy, citada pela BBC, "não está claro se a lei internacional do espaço permite que um país outorgue direitos de propriedade para a extração de recursos naturais".

No entanto, a lei "oferece claridade a nível nacional, como um primeiro passo para permitir atividades relacionadas com os recursos espaciais", afirmou Paul Zenners. O político destacou que o país não tem objetivo, propósito ou efeito de "preparar o caminho para nenhuma apropriação nacional de corpos celestes", mas que trabalhará para definir a "propriedade dos recursos espaciais juridicamente".

Não é à toa que "Luxemburgo demonstra ser um país de ponta e seu êxito vai habilitar as empresas privadas a executar missões no espaço exterior profundo", como disse o diretor da empresa americana Deep Space Industries, Bill Miller.

Comentar