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Bolsonaro e Marina protagonizam embate sobre direitos das mulheres

Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) protagonizaram o momento mais ríspido do debate no debate da RedeTV na noite de sexta-feira (18). Os presidenciáveis discutiram a diferença salarial entre homens e mulheres.
Sputnik

Bolsonaro iniciou o diálogo ao perguntar se as mulheres deveriam ter direito a portar armas de fogo. Marina retrucou dizendo que não concordava com a posse de armas e levantou o assunto da diferença salarial entre homens e mulheres.

"Só uma pessoa que não sabe o que é uma mulher ganhar um salário menor que o homem, ter as mesmas capacidades, as mesmas competências, e ser a 1ª a ser demitida, a última a ser promovida, e quando busca emprego, pelo simples fato de ser mulher, não é aceita", disse a candidata da Rede.

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Marina disse que Bolsonaro fazia "vista grossa" para o caso ao dizer que a diferença salarial entre homens e mulheres é vetada pela CLT.

"Temos aqui uma evangélica que defende o plebiscito para o aborto e a maconha. E agora quer defender a mulher. Você não sabe o que é uma mulher que tem o filho jogado no mundo das drogas", disse Bolsonaro sobre as acusações.

Marina, com o dedo em riste, disse: "Você acha que pode resolver tudo no grito. Nós somos mães, nós educamos nossos filhos". Ela ainda perguntou: "Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar as crianças?" e encerrou sua participação dizendo que nos regimes democráticos, o "Estado é laico".

Pelas regras do debate, Bolsonaro não teria tempo para rebater, mas afirmou no microfone que Marina deveria ler o "livro de Paulo".

Segundo o IBGE, as mulheres trabalham, em média, 3 horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, tarefas domésticos e cuidados de pessoas. Apesar desta situação, elas recebem apenas, em média, 76,5% do rendimento dos homens.

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