Ele declarou que o governo do presidente Michel Temer (MDB) não tomaria uma decisão antes de avaliar melhor a situação em Pacaraima, onde a violência eclodiu no fim de semana entre uma multidão de brasileiros e imigrantes da Venezuela.
O governo federal do Brasil afirmou repetidamente que não consideraria fechar a fronteira por motivos humanitários, apesar das exigências neste sentido do governo do estado da fronteira.
A fala de Marun contradiz o que disse mais cedo o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen. Segundo ele, "fechar a fronteira é impensável, porque é ilegal", indicando que o governo brasileiro seguirá trabalhando no acolhimento dos venezuelanos que chegam diariamente ao país.
No início da noite desta segunda-feira, a primeira leva de 60 homens da Força Nacional chegaram à fronteira. Um contingente de outros 60 agentes pode ser enviado nos próximos dias para a região.
Apesar da violência, venezuelanos continuam chegando a Pacaraima. A Agência AFP informou que 900 recém-chegados eram esperados nesta segunda-feira, um número até maior do que a média diária registrada na localidade.
Apesar do medo dos venezuelanos de novos episódios de violência, a pressão para sair da Venezuela — onde sob o presidente Nicolas Maduro a economia em franca expansão está em queda livre e bens básicos são difíceis de obter — é ainda maior.