"Nós comparamos a velocidade do metabolismo de moluscos atuais com a de antecessores extintos nos últimos cinco milhões de anos, relevando que invertebrados extintos tinham em média um metabolismo mais rápido de que as espécies de hoje", revela Luke Strotz, da Universidade de Kansas, EUA.
Hoje em dia, de acordo com Strotz, cientistas discutem frequentemente a natureza da seleção natural e como ela influencia a sobrevivência das espécies, não provocando debates entre evolucionistas desde a época de Charles Darwin e seus primeiros seguidores sobre a essência e os mecanismos da seleção natural.
"Nós estávamos procurando entender se há quaisquer outros indicadores que levam à extinção ou à sobrevivência de uma espécie além de sua adaptação às mudanças ambientais. Por exemplo, chegamos a pensar se a velocidade do metabolismo poderia influenciar prazo de existência de uma espécie", continua biólogo na revista Proceedings of the Royal Society B.
Vale destacar que "estilo de vida ativo" muito negativamente influenciou longevidade dessas espécies de invertebrados, ou seja, quanto mais rápido era o metabolismo, mais curta era sua vida evolutiva, com casos perceptíveis em ecossistemas mais fechados e superpovoados, de onde era difícil "fugir" ou se propagar em outras áreas.
Cada ambiente contava com uma velocidade média de metabolismo, que não mudava mesmo com o surgimento ou extinção de espécies de moluscos, apesar das mudanças bruscas climáticas, extinções massivas e outros cataclismos.
Em breve, biólogos planejam analisar se a regra pode ser aplicada a outros representantes da flora e fauna, incluindo animais vertebrados, que vivem no mar e na terra.
"É como se a evolução contribuísse para sobrevivência das criaturas mais vagarosas e apáticas. Quanto mais lento é o metabolismo, maiores são as chances de a espécie sobreviver por muito tempo. Acredito ser preciso mudar nossos slogans: sobrevivem os mais preguiçosos, ao invés dos adaptados", concluiu Bruce Lieberman, da Universidade de Oxford, Reino Unido.