Exercícios militares entre Rússia e China ilustram mudança de estratégia chinesa?

China enviará tropas, tanques e aeronaves para se juntar ao maior exercício militar da Rússia em décadas.
Sputnik

Estes exercícios militares da Rússia ocorrem a cada quatro anos e são os maiores desde os anos 80. Com a inclusão da China, o exercício é visto como uma importante mudança geopolítica, pois, assim, Moscou e Pequim estão enviando um sinal para Washington através da cooperação militar, embora seja a China considerada a principal ameaça para os EUA, conforme artigo publicado por Steve Mollman no site Defense One.

Para o exercício militar conjunto, a China está enviando 30 aeronaves, 900 tanques e 3.200 soldados para o vizinho distante do leste.

A participação chinesa nos exercícios no fim deste mês ilustra como treinamentos militares conjuntos estão se tornando cada vez maiores em sua estratégia, à medida que expande seu poder e influência na região Ásia-Pacífico.

No último ano, a China realizou aproximadamente 20 exercícios bilaterais e multilaterais com outros militares, segundo o Departamento de Defesa americano. Esses números já incluem os exercícios navais no Mar Báltico com a Rússia e os exercícios com caças da Marinha chinesa com o Paquistão.

Pequim também tem impulsionado o país e os membros da ASEAN em prol da realização de exercícios militares conjuntos no mar do Sul da China. Os treinamentos, decididos neste mês, serão realizados em outubro em uma incontestável parte das águas da costa chinesa, onde os EUA estão excluídos.

China está interessada nos tanques russos T-90M
Em maio, o presidente Xi Jinping incentivou seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, para que insista na suspensão dos exercícios anuais entre os EUA e a Coreia do Sul. Após encontro entre Trump e Kim, os exercícios foram suspensos. Além disso, a China vem tentando reforçar cooperação com outros países asiáticos para iniciar seus próprios exercícios conjuntos.

Nesta semana, o Japão se mostrou disposto a enviar um grande porta-helicópteros e navios de escolta ao mar do Sul da China e ao oceano Índico com frotas realizando paradas nas Filipinas, Indonésia, Singapura, Sri Lanka e Índia e conduzindo exercícios militares pelo caminho.

Ainda em maio, o Pentágono desconvidou a China de um grande exercício naval sediado pelos Estados Unidos em resposta ao que vê como militarização de Pequim de ilhas do mar do Sul da China, uma decisão que a China disse não ser construtiva.

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