"El Salvador estabeleceu relações diplomáticas com a China com base no princípio 'uma só China', que corresponde às normas básicas de direito internacional e relações internacionais, bem como os interesses fundamentais dos povos dos dois países. A China acredita que os países devem respeitar o direito dos outros em determinar suas políticas domésticas e estrangeiras e cessar sua hegemonia de grande potência", disse Lu Kang em um briefing diário.
"Os países não estão fazendo declarações irresponsáveis interferindo nos assuntos internos de El Salvador? Afinal, não são necessárias palavras para explicar quem interfere na região politicamente", observou o diplomata chinês.
Ele lembrou que, antes de 21 de agosto, a China estabeleceu relações diplomáticas com 25 estados dos dois continentes americanos, incluindo os próprios Estados Unidos.
"Não teve consequências negativas, mas promoveu ativamente o desenvolvimento e a segurança regionais. Depois de 21 de agosto, a China tem agora relações com 26 países da América, por que isso pode afetar a segurança e o desenvolvimento na região?" Lu Kang disse.
Em 21 de agosto, El Salvador estabeleceu relações diplomáticas com a China depois de romper laços oficiais com Taiwan. Em resposta, Washington disse que a decisão das autoridades salvadorenhas solapou a situação econômica e de segurança de todo o continente americano, foi adotada de maneira não transparente e teria conseqüências de décadas.
El Salvador se tornou o terceiro país a romper relações com Taiwan nos últimos meses. A República Dominicana e Burkina Faso anunciaram suas decisões em 1º de maio e 24 de maio, respectivamente. No momento, apenas 17 estados mantêm relações oficiais com Taiwan.
O Ministério das Relações Exteriores da China tem repetidamente chamado a questão de Taiwan como "a mais sensível das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a China".