A gravação divulgada pelo ministério russo demonstra parcialmente as manobras da Frota do Pacífico no mar de Okhotsk envolvendo lançamentos de mísseis Oniks do sistema Bastion e mísseis de cruzeiro a partir de navios de combate. Todos os sete mísseis lançados atingiram seus alvos convencionais.
Rozhin apontou para a crescente ameaça de que os EUA realizem um ataque contra a Síria e, neste contexto, os mísseis antinavio da Rússia adquirem especial atualidade.
"Está claro que não haverá conflito direto, mas demonstrando tais armas, a Rússia dá um sinal de que possui meios de destruição de plataformas lançadoras de mísseis que os EUA podem deslocar no teatro de ações militares na Síria", opinou o analista russo.
Ao mesmo tempo, o interlocutor destacou que o assunto tem mais a ver com política do que com a área militar e, mesmo que a Rússia possua armas avançadas, isso não exclui provocações por parte de outros países contra um Estado soberano.
"A Rússia faz isso [demonstra armas] em primeiro lugar por razões de sua própria segurança, mas pode usá-las também em teatros de ações militares no estrangeiro", concluiu.
O sistema Bastion é destinado a proteger o litoral com uma extensão superior a 600 km. O sistema é capaz de destruir navios de superfície de variadas classes e tipos em condições de resistência de fogo e guerra radioeletrônica intensa. Pode ser usado de dia e de noite, em diversas condições climáticas e inclui até 36 projéteis.