Em resposta a protestos, Putin alivia polêmica reforma da previdência na Rússia

Aproximadamente 10 mil pessoas (de acordo com jornalistas) saíram às ruas de Moscou ontem para protestar contra o projeto do governo em aumentar a idade mínima para aposentadoria na Rússia. Manifestação foi comandada pelo líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov.
Sputnik

A proposta anteriormente oferecida pelo presidente Vladimir Putin era a de aumentar gradualmente a idade mínima para a aposentadoria de 55 para 63 anos no caso das mulheres (até 2034) e de 60 para 65 anos no caso dos homens (até 2028). Na tentativa de barrar o plano, o Partido Comunista ainda tentou levar o tema para referendo, mas a ideia foi barrada pela Comissão Eleitoral da Rússia.

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Em um discurso televisionado, Putin defendeu a necessidade da reforma, mas amenizou o tom. Ao invés de 63 anos, a idade mínima para mulheres subiria até 60 anos. Para homens, nada muda.

"O desenvolvimento demográfico e tendências do mercado de trabalho e uma análise objetiva da situação mostram que não podemos mais adiar isso. Mas nossas decisões precisam ser justas, equilibrada. (…) Por isso estou propondo várias medidas que nos permitirão atenuar as decisões tomadas o máximo possível", disse o presidente.

O tema de reforma da previdência não foi explorado por Putin durante a campanha e segundo o instituto de Centro de Pesquisas de Opinião Pública da Rússia, a aprovação do presidente caiu de 80% para 64%.

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