Síria rebate secretário-geral da ONU por apontar possível 'desastre humanitário' em Idlib

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse no comunicado que há "riscos crescentes" de um desastre humanitário na província de Idlib em caso de uma operação militar. A área se tornou o último porto seguro para os terroristas da Al-Qaeda e da Frente Nusra depois que as tropas sírias reconquistaram a maior parte do país.
Sputnik

Guterres fez uma referência à Rússia, Turquia e Irã — o chamado grupo de garantidores da paz de Astana — instando-os a intensificar os esforços para encontrar uma solução pacífica para a situação em Idlib, a última zona de desescalada restante.

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Por sua vez, o enviado da Síria à ONU Bashar Jaafari criticou na quinta-feira o secretário-geral Antonio Guterres por tomar o partido dos países que atacam a Síria em sua avaliação da crise em Idlib.

"Aqui estamos falando da nossa surpresa com a afirmação alinhando sua posição [com] os países que almejam meu governo e meu país e referindo-se às ameaças expressas pelos delegados dos EUA, Grã-Bretanha e França", disse Jaafari a repórteres.

Ele acusou os três aliados — membros permanentes do Conselho de Segurança — de serem os que ameaçam a paz e a segurança na Síria, em vez de mantê-la.

"O governo sírio e seus aliados são os únicos a implementarem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU referentes ao combate ao terrorismo. Ninguém mais está combatendo o Estado Islâmico [Daesh] na Síria além do exército sírio apoiado por nossos aliados", afirmou.

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