Trump presidirá reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, presidirá uma reunião do Conselho de Segurança da ONU durante reunião anual da organização em Nova York, afirmou nesta terça-feira (4) a embaixadora dos EUA para a ONU, Nikki Haley.
Sputnik

Os Estados Unidos presidem o Conselho de Segurança durante setembro e não tiveram sucesso ao solicitar à ONU a imposição de sanções ao Irã. A própria Nikki Haley tem regularmente atacado os iranianos, acusando-os de se intrometerem nas guerras da Síria e do Iêmen.

Diplomatas afirmaram que o Irã pode solicitar uma fala durante o encontro em 26 de setembro, na mesma semana da Assembleia Geral da ONU, conforme afirma a agência Reuters. O presidente do Irã, Hassan Rouhani, deverá discursar durante a Assembleia no dia 25 de setembro.

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Nesta terça-feira (4), durante um encontro para discutir a agenda dos EUA para o Conselho, o vice-embaixador da Rússia para a ONU, Dmitry Polyanskiy afirmou que a reunião deveria se concentrar na implementação já dada para o problema, em 2015. Uma referência ao Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA), o acordo nuclear iraniano recentemente abandonado pelos EUA.

"Nós temos muita esperança de que haverá visões apresentadas em conexão com a saída dos EUA", do acordo nuclear internacional, disse Polyanskiy ao Conselho.

O acordo, também abandonado pelo Reino Unido, envolve seis potências mundiais e visa limitar o programa nuclear do Irã, que em troca receberia o alívio de sanções contra si. Em maio deste ano, Donald Trump ordenou que as sanções ao Irã fossem reimpostas.

O Irã ainda está sob um embargo de armas da ONU, além de outras restrições contidas no JCPOA. Os países da Europa têm feito um esforço pela manutenção do acordo.

Em fevereiro, a Rússia vetou uma proposta liderada pelos EUA no Conselho de Segurança culpando Teerã por ter falhado ao supostamente deixar que suas armas caíssem nas mãos dos Houthis, no Iêmen. O Irã nega essa acusação.

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Haley conseguiu organizar o evento desta terça-feira (4) após alguns membros do Conselho terem demonstrado oposição ao seu plano de realizar uma reunião na quarta-feira (5) sobre a situação na Nicarágua. Mais de 300 pessoas morreram e milhares ficaram feridas em protestos no país contra medidas do governo. Os protestos aumentaram a oposição ao presidente do país, Daniel Ortega.

Sobre a questão, China, Rússia, Bolívia e ainda outros membros afirmaram que a situação na Nicarágua não apresenta perigo à paz e segurança internacional e, portanto, não é um assunto para ser discutido dentro do Conselho.

Atualmente, Bolívia, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Etiópia, Cazaquistão, Kuwait, Holanda, Peru, Polônia e Suécia fazem parte do Conselho de Segurança da ONU ao lado dos membros permanentes, EUA, Rússia, China, França e Reino Unido.

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