Trump advertiu Damasco contra 'erro humanitário' em Idlib: o que está por trás do apelo?

O presidente dos EUA Donald Trump advertiu o governo sírio, a Rússia e o Irã contra um "grave erro humanitário" na Síria. Cientista político comenta o que pode significar a afirmação do líder estadunidense.
Sputnik

O presidente dos EUA Donald Trump advertiu o governo sírio, a Rússia e o Irã contra um "grave erro humanitário" na Síria. Cientista político comenta o que pode significar a afirmação do líder estadunidense.

Trump disse que a possível ofensiva do exército sírio na província de Idlib seria "um grande erro humanitário" e apelou não o cometer.

'Grave erro humanitário': citando Rússia e Irã, Trump pede que Síria não ataque Idlib
Mais cedo, o canal norte-americano CNN informou que especialistas da inteligência e das Forças Armadas dos EUA acordaram a lista preliminar de possíveis alvos a atacar na Síria se o presidente Trump der a respetiva ordem.

O chanceler sírio Walid Muallem, por sua vez, sublinhou que as ameaças de Washington de atacar a Síria devido aos supostos planos de Damasco de usar armas químicas não farão com que o exército do país desista da operação de libertação de Idlib.

Stanislav Tarasov, cientista político e especialista em assuntos do Oriente Médio, acredita que a afirmação de Trump mostra que os americanos "estão tentando encontrar um compromisso" na região.

O especialista lembra que o exército sírio está se preparando para libertar Idlib — a única província do país quase totalmente controlada por grupos armados radicais. Militares da Rússia, Turquia e Irã estão realizando negociações sobre o assunto, as quais envolvem inclusive os líderes dos três países. Ao mesmo tempo, sublinha, o Ocidente está tentando proteger os militantes.

"Estamos vendo os EUA concentrando suas forças, ameaçando. Mesmo assim, eles não se atrevem a efetuar um ataque aéreo sob o pretexto de o exército sírio poder usar armas químicas. Por isso, acho que estão buscando soluções de compromisso", opinou Tarasov em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Anteriormente, o chanceler russo, Sergei Lavrov, ressaltou a necessidade de separar a oposição armada que se encontra em Idlib dos terroristas, evitando ao mesmo tempo vítimas entre os civis.

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