O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, destacou que, no contexto de uma possível operação das forças do governo sírio na província de Idlib, é muito importante cooperar com a Rússia, escreve o jornal turco Haberturk.
O presidente turco acredita que esse processo pode ser evitado através de negociações. Ele salientou ter esperança de que, na próxima cúpula dos líderes da Rússia, Turquia e Irã sobre a Síria, que ocorrerá em Teerã em 7 de setembro, será possível "atingir resultados para evitar ações desproporcionais" das tropas do governo.
Moscou e Ancara estabeleceram relações construtivas próximas, comentou, por sua vez, o cientista político Stanislav Tarasov em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"A Turquia e a Rússia estabeleceram relações de trabalho construtivas e estreitas para resolver a questão síria. Eles são participantes do processo de Astana e atuam como garantidores da resolução do problema sírio. Idlib é a última zona de desescalada na Síria, que, com base nos acordos de Astana, é da competência da Turquia", comentou.
Tarasov acrescentou que um número muito grande de islamitas radicais está concentrado nessa zona.
O território da província síria de Idlib praticamente não é controlado pelo governo. Há militantes da oposição armada, assim como, segundo Moscou e Damasco, terroristas que periodicamente atacam as posições das tropas do governo.
Nos últimos dias, a situação em torno da Síria piorou. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse que, segundo fontes independentes, os terroristas do grupo Tahrir al-Sham estão preparando uma provocação em Idlib para culpar Damasco do uso de armas químicas contra civis.