Antibiótico descoberto na União Soviética pode combater superbactérias resistentes

Cientistas chineses sintetizaram um complexo antibiótico que é eficaz contra as bactérias resistentes aos medicamentos atuais e é baseado em um grupo de compostos descobertos na União Soviética na década de 40.
Sputnik

Ele é utilizado com sucesso em tratamentos experimentais contra infecções em humanos, relata a revista Chemical & Engineering News.

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Segundo o estudo publicado na revista Nature Communications, os especialistas explicam que se focaram nas moléculas de albomicina a partir da bactéria Streptomyces griseus, que se encontra no solo e se alimenta de restos de vegetais em decomposição.

As albomicinas penetram no sistema de defesa das bactérias e atravessam sua dupla membrana fosfolipídica para torná-las inativas.

Em 1955, o biólogo russo Georgy Gause desenvolveu um sistema baseado nas albomicinas, que se mostrou eficaz em casos de pneumonia infantil e complicações derivadas da disenteria e sarampo, relata a British Medical Journal.

A sua natureza completamente atóxica foi confirmada quando se utilizou o antibiótico na prática clínica em humanos.

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Uma nova pesquisa liderada por Yun He, da Universidade de Chongqing (China), conseguiu sintetizar três albomicinas e uma delas, denominada delta-2, que tem se mostrado altamente eficaz contra diferentes variedades da bactéria Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus, três das quais eram resistentes à meticilina.

Além disso, a albomicina delta demonstrou ser muito mais potente do que alguns dos antibióticos utilizados frequentemente, como, por exemplo, a penicilina.

Esse composto ainda não está disponível no mercado, mas proporciona um grande avanço em relação às drogas que atacam os mecanismos de defesa dos tipos resistentes aos antibióticos.

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