Na quarta-feira (5), o chanceler iraniano escreveu no Twitter que Trump "está violando" o acordo nuclear iraniano de 2015 e "está ameaçando" outros países a fazer o mesmo.
De acordo com Zarif, há "apenas uma resolução do Conselho de Segurança sobre o Irã" e ela está em vigor. A Resolução 2231 aprovou o acordo nuclear iraniano e cancelou todas as sanções contra o Irã durante cumprimento do tratado. Trump "planeja abusar da presidência" no Conselho de Segurança, afirma Zarif, usando hashtag "chutzpah", ou seja, "audácia desvergonhada" para descrever a "postura" americana.
Há apenas uma resolução do Conselho de Segurança sobre o Irã. Donald Trump está ameaçando outros países a fazer o mesmo. Agora ele planeja abusar da presidência no [Conselho de Segurança] para desviar a sessão — pontos dedicados à Palestina durante 70 anos — para acusar o Irã de horrores que os EUA e clientes desencadearam no Médio Oriente.
O presidente iraniano Hassan Rouhani está planejando se dirigir à Assembleia Geral da ONU no dia 25 de setembro, e no dia seguinte o país poderá solicitar para falar no Conselho de Segurança.
Segundo o jornalista Hooman Majd escreve no Twitter, MRE do Irã responde a Donald Trump que presidirá uma sessão do Conselho de Segurança da ONU em setembro. Presumivelmente, pelas observações de Nikki Haley, Irã será representado na reunião por Hassan Rouhani ou Mohammad Javad Zarif. Se for assim, este será o evento mais eletrizante da semana na Assembleia Geral da ONU.
Espera-se que EUA apontem envolvimento iraniano em conflitos no Oriente Médio, em particular, no Iêmen e na Síria. No que diz respeito à Síria, o Irã está operando no país a pedido do governo, que considera os EUA ocupantes ilegais.
Na sexta-feira (7), o Conselho de Segurança da ONU discutirá a situação em Idlib, último grande bastião rebelde na guerra. O governo sírio estaria planejando uma operação "em fases" para libertar região dos terroristas, coordenando as ações com a Rússia e Irã. Na terça-feira (4), quatro aviões russos decolaram da base aérea de Hmeymim e efetuaram ataques de alta precisão a alvos do grupo terrorista Frente al-Nusra na província síria de Idlib, declarou a jornalistas o representante oficial do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.
"O presidente da Síria, Bashar Assad, não deve atacar imprudentemente a província de Idlib. Os russos e iranianos estariam cometendo um grave erro humanitário para participar dessa potencial tragédia humana. Centenas de milhares de pessoas poderiam ser mortas. Não permitam que isso aconteça", comentou Donald Trump no Twitter.
O presidente dos Estados Unidos pediu ao governo sírio, assim como à Rússia e ao Irã, que evite uma possível ofensiva na província de Idlib, considerada um reduto de rebeldes na Síria. Na terça-feira (4), o Departamento de Estado dos EUA expandiu a linha vermelha da Casa Branca, comentando que "qualquer ofensiva militar de Assad em Idlib seria uma escalação inaceitável e imprudente do conflito na Síria".