Pioneirismo: 'vento' galáctico é captado a alguns bilhões de anos-luz de nós

Astrônomos norte-americanos descobriram pela primeira vez o "fluxo" molecular envolvido na formação de estrelas na galáxia a uma distância de 12 bilhões de anos-luz da Terra, de acordo com o website da Universidade do Texas em Austin.
Sputnik

"Nós entendemos que os fluxos de gás e ventos são responsáveis por como elas [galáxias] se formam e evoluem, regulando sua capacidade de crescimento", afirmou Justin Spilker, um dos autores do estudo.

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As galáxias crescem criando novas estrelas a partir do gás molecular frio. Spilker, junto com outros cientistas, descobriu pela primeira vez uma corrente de gás intensamente poderosa na galáxia SPT2319-55. Conforme explicado pelos autores do estudo, os "fluxos" moleculares podem ser observados nas galáxias mais próximas a nós, mas até agora os cientistas não foram capazes de detectar um fluxo tão antigo de "formação de estrelas" na galáxia do Universo jovem.

A galáxia SPT2319-55 está tão longe da Terra que a observamos na condição em que se encontrava quando o Universo tinha apenas cerca de um bilhão de anos e seu tamanho correspondia a 10% do atual. A observação da SPT2319-55 permitiu aos cientistas demonstrar como as galáxias do tempo de nascimento do Universo regulam a velocidade de formação de estrelas para não crescer aceleradamente e se incinerar.

Algumas galáxias, como a Via Láctea e Andrômeda, produzem novas estrelas a uma velocidade moderada da ordem de uma estrela por ano, enquanto outras, chamadas galáxias starburst, produzem milhares de estrelas anualmente.

Essas galáxias regulam independentemente o processo de formação estelar, expulsando o excesso de correntes gasosas através das quais as estrelas se formam, para a camada circundante — o halo da galáxia, de onde o gás escapa para o espaço, ou depois de algum tempo retorna para a galáxia, causando novas explosões de formação de estrelas.

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