Enquanto os EUA estão procurando fazer passar a ideia de que o governo sírio pode provocar uma resposta bélica duma superpotência justo antes de liberar a sua última província sob o controle de terroristas e opositores armados, a inteligência russa procura prevenir a falsificação e posterior escalação militar ao denunciar publicamente os planos dos radicais de provocar a intervenção americana.
No entanto, o ataque norte-americano "ainda pode ocorrer", embora Anderson mantenha a esperança de que não tenha um impacto drástico sobre a balança de forças. Mesmo assim, os sírios estão se preparando para enfrentar um possível bombardeamento.
"Há muita cooperação entre os patrocinadores dos grupos terroristas na Síria e seus contatos no terreno, revelada por muitas comunicações interceptadas. Creio que a gente não entendeu bem a [escala de] coordenação entre os militares dos EUA e os grupos terroristas na Síria e Iraque", destacou Anderson.
De acordo com o interlocutor de Sputnik, é possível que Washington tenha abandonado o objetivo de "mudar o regime" na Síria.
No mesmo tempo, Anderson considera que os EUA também não aceitariam um sistema político forte no país árabe. Eles se esforçarão por congelar a situação atual e impedir uma coordenação bem-sucedida entre Teerã, Bagdá e Damasco.
"Eles [os norte-americanos] estão procurando dividir o Irã e o Iraque e alimentar as tensões no Irã, Iraque, Síria, Líbano e também no Iêmen e na Palestina", ressaltou o especialista.
Nas últimas semanas, o Ministério da Defesa russo avisou várias vezes sobre provocações com o uso de armas químicas, que estariam sendo preparadas por terroristas dando pretexto para que os EUA, a França e o Reino Unido ataquem a Síria. Os três países já anteriormente lançaram ataques aéreos sobre instalações do governo sírio em resposta ao suposto uso de armas químicas.