Dessa vez, o Pentágono está em conversações com Atenas para expandir as operações militares em território grego, em um "potencial movimento em direção ao Mediterrâneo oriental, em meio às crescentes tensões com a Turquia", conforme publicação do jornal The Wall Street.
O fato é que há fatores geopolíticos e geográficos que fazem da Grécia um local atraente para o Exército americano, o que comprova o atual vínculo entre Washington e Atenas. Entretanto, o comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR) do Comando Aliado da OTAN, Curtis Scaparotti, que dirige as conversações, não considera a implantação de tropas americanas e equipamentos militares na Grécia em uma base permanente, segundo a mídia.
Joseph Dunford informou aos repórteres que os altos responsáveis gregos estão considerando a expansão do acesso americano a uma série de outras bases militares no país, afirmando "[…] que "estariam dispostos a considerar isso e que ele certamente ficou entusiasmado com tal possibilidade."
Os ânimos estão exaltados desde que o presidente Donald Trump decretou recentemente o aumento das tarifas sobre o ferro e alumínio importados da Turquia, em 50 e 20% respectivamente, após a Turquia recusar soltar o pastor americano Andrew Brunson, acusado por Ancara de participar do fracassado golpe militar em 2016 na Turquia. Além disso, como já se sabe, Ancara pretende comprar os sistemas de mísseis russos S-400, ignorando os alertas e sanções de Washington, inclusive sobre a suspensão do fornecimento dos caças F-35 americanos à Turquia.
Os responsáveis turcos, por sua vez, responderam à pressão de Washington dizendo que Ancara não aceita as sanções de aliados da OTAN na questão dos sistemas S-400.