Conheça os bastidores por trás do acordo entre a Agência Mundial Antidoping e a Rússia

A Agência Mundial Antidoping (WADA) propôs um acordo para o lado russo que, em última análise, permita a restauração dos direitos da Agência Russa Antidoping (RUSADA), informou a BBC.
Sputnik

De acordo com uma carta datada de 22 de junho do presidente da WADA, Craig Reedie, e do diretor-geral Olivier Niggly ao ministro de Esportes da Rússia, Pavel Kolobkov, a Rússia  deveria fornecer cópias genuínas de dados laboratoriais e "dados analíticos brutos" que permitissem identificar amostras de doping suspeitas. Depois disso, a WADA espera obter acesso apenas às amostras que, após a análise, foram identificadas como suspeitas.

WADA recomenda a reintegração da agência antidoping da Rússia
Inicialmente, a WADA exigiu acesso a todos os dados do Laboratório Antidoping de Moscou, sendo este um dos critérios para a reintegração da RUSADA. A resposta de Kolobkov datada de 13 de setembro diz: "Concordo em aceitar as duas condições restantes.. que foram mencionadas em sua carta de 22 de junho (…). Aceitamos sua oferta (…) e espero que WADA restabeleça a RUSADA na próxima reunião do Comitê Executivo".

No dia seguinte, a WADA anunciou que o Comitê de Revisão de Conformidade (CRC) recomendou o fim da suspensão da RUSADA. Reedie disse que o compromisso proposto foi a ideia do CRC e corresponde ao roteiro previamente desenvolvido para a restauração da agência. O status da RUSADA, porém, deve ser definitido apenas na próxima reunião da WADA em Seychelles, prevista para 20 de setembro.

Em 2015, a WADA acusou a Rússia de várias violações de doping patrocinadas pelo estado e declarou que a RUSADA não cumpria o Código Mundial Antidoping. Em agosto do ano passado, a organização divulgou um roteiro para readequação a 12 critérios que a Rússia teve que cumprir antes que um comitê pudesse recomendar a reintegração dos laboratórios do país.

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