Isso ocorreu devido ao fato de que os corpos não puderam ser recebidos pelo necrotério de Guadalajara por excesso de capacidade. "Em Jalisco temos pouco mais de 800 corpos sem ser identificados por seus familiares, de maneira que já não cabem", disse Guadalupe Aguilar, coordenadora do programa Famílias Unidas por Nossos Desaparecidos de Jalisco.
Com todo descaso relacionado ao fato ocorrido, autoridades locais estão sendo acusadas de "insensibilidade" e "negligência" pelo secretário-geral, Roberto Lopez Lara, que está sendo acusado de saber de toda a situação pela prefeita da cidade de Tlajomulco, Maria Elena Limon.
Aguilar, revoltada com a situação de descaso, lamenta que "Jalisco é uma vala, o México é uma vala. Estão tornando um país sangrento, estamos em uma situação muito triste e terrível. Em minha opinião, a indolência da sociedade perante o que estamos vivendo é muito importante", ela que há sete anos está procurando por seu filho desaparecido.
Jalisco registrou 1.582 assassinatos durante 2017 (no total foram 31.174 em todo o país), representando uma taxa de 20 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Além disso, segundo a mídia 44Lab, foram encontradas 197 covas clandestinas, onde foram exumados 350 corpos nos últimos 11 anos.