Pompeo alega que Rússia 'não provou ser útil na Ucrânia e Síria'

A Rússia "não é útil" nem para a Ucrânia nem para a Síria, declarou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em entrevista ao canal de televisão NBC no sábado (22). Durante esclarecimento ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista político Sergei Kozlov comentou as palavras do secretário americano.
Sputnik

Pompeo criticou a Rússia argumentando que o país não coopera com EUA no cenário mundial, adicionando que os russos "não provaram ser úteis na Ucrânia e na Síria".

Na semana passada, o Departamento de Estado americano sancionou a China por ela comprar armamentos russos, e, no sábado, Pompeo se referiu às penalidades econômicas como evidência dos esforços da administração de Trump para "combater ações maliciosas da Rússia".

Pompeo acusa Rússia de minar esforços para sancionar a Coreia do Norte
O principal diplomata de Trump também chamou a falta de cooperação entre a Rússia e os EUA de "lamentável", tendo trabalhado anteriormente com a administração de Vladimir Putin em "assuntos antiterroristas", e as duas nações estavam unidas em certos objetivos internacionais.

"Há um punhado de outros lugares no mundo onde temos interesses sobrepostos, embora certamente não sejam princípios […] A Rússia é um país muito diferente do nosso a esse respeito", apontou Pompeo.

Em entrevista à Sputnik, o cientista político Sergei Kozlov ressaltou que, quando a Rússia defende seus próprios interesses, os EUA lutam para denegrir o país eslavo.

Pompeo reitera que EUA querem melhorar relações com a Rússia
"A recente declaração do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre ‘inutilidade' da Rússia na Ucrânia e Síria, pode ser interpretada da seguinte forma: para os EUA, seus interesses nacionais são mais importantes do que tudo, e eles estão prontos para ouvir a opinião da Rússia apenas quando seus interesses [americanos] coincidirem com os russos. Mas onde a Rússia tenta defender seus próprios interesses, o establishment americano e Mike Pompeo, como um de seus mais proeminentes representantes, verão a inutilidade da Rússia e de todas as maneiras possíveis tentará menosprezar o papel da Rússia na solução dos problemas, particularmente na Ucrânia e na Síria", concluiu o analista.

Comentar