"A entrega russa de melhores sistemas de defesa aérea ao regime de Assad apenas aumentará o risco de escalada do conflito em um ambiente já perigoso e aumentará o risco aos EUA e às forças parceiras conduzindo a operação contra o ISIS na Síria", afirmou o oficial do Departamento de Estado em entrevista à Sputnik. O Daesh, também conhecido como ISIS, foi banido do território russo e é combatido na Síria.
"Isso também reafirma a manutenção da proteção da Rússia ao regime de Assad e sua responsabilidade pelas ações do regime", acrescentou o oficial.
No dia 17 de setembro, uma aeronave russa do modelo Il-20 foi derrubada pelo sistema de defesa aérea da Síria enquanto retornava à base de Hmeimim, a cerca de 35km da costa do país. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, quatro F-16 de Israel, que atacavam alvos na Síria na província de Latakia, usaram o Il-20 como escudo, o que o deixou vulnerável a ataques da defesa aérea da Síria e teria causado o incidente. A queda do Il-20 deixou 15 soldados russos mortos.
O oficial do Departamento de Estado dos EUA lembrou que foi o sistema de defesa anti-aéreo da Síria que derrubou a aeronave russa.
Ele também afirmou que a morte da tripulação russa é "incidente infeliz"
"Isso lembra que muitos conflitos na região precisam de resoluções políticas permanentes e pacíficas de acordo com a resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o oficial.
Mais cedo nesta segunda-feira (24), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou medidas para aumentar a segurança dos soldados russos em resposta à queda da aeronave militar Il-20, ao que a Rússia atribui responsabilidade a Israel.
Quem também deu declarações a respeito nesta segunda-feira (24) foi o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que declarou ao presidente russo, Vladimir Putin, que a entrega de sistemas de armas a quem chamou de "agentes irresponsáveis" aumentaria os riscos à segurança na região.