'Vendi privacidade de meus usuários': cofundador do WhatsApp sobre sua saída do Facebook

Cofundador do WhatsApp, Brian Acton, revelou porque decidiu deixar o Facebook e, com isso, abrir mão de 850 milhões de dólares (R$ 3,4 trilhões) em ações.
Sputnik

Em entrevista à Forbes, Acton explicou que sua decisão foi causada por um desacordo sobre como o Facebook deveria monetizar o WhatsApp, o aplicativo de mensagens instantâneas adquirido pelo Facebook em 2014.

Em particular, Acton se posicionou contra a ideia de Mark Zuckerberg e outros executivos de começar a orientar os anúncios aos usuários e a vender ferramentas analíticas de negócios.

"Afinal de contas, vendi minha empresa", disse ele. "Vendi a privacidade de meus usuários por um beneficio maior. Fiz uma escolha e um compromisso. Vivo com isso todos os dias", lamentou o cofundador do aplicativo.

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Em março, quando o Facebook e a empresa de análise de dados digitais Cambridge Analytica estavam no centro de um escândalo sobre exposição de dados pessoais de usuários, Acton, que naquela época já não trabalhava na empresa, publicou um tweet apelando aos usuários para eliminarem suas contas no Facebook.

O WhatsApp foi criado por Acton e seu cofundador, Jan Koum (que deixou o Facebook em abril). Ambos os fundadores abandonaram a empresa antes do período que lhes garantiria ficar com o máximo possível de ações da rede social, 850 milhões de dólares (R$ 3,4 trilhões) para Acton e 450 milhões de dólares (R$ 1,8 trilhão) para Koum.

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