Navio da OTAN atravessa Rota Marítima do Norte aos olhares da inteligência russa

O navio Rhône da Marinha francesa atravessou pela primeira vez a Rota Marítima do Norte, sendo observado por radares russos.
Sputnik

Geralmente, o navio francês fica ancorado no porto de Brest na França, porém, partiu de Tromso na Noruega em setembro, viajando pelos mares do Ártico russo e atravessando o estreito de Bering, chegando no dia 17 de setembro ao porto Dutch Harbor, na ilha Unalaska, no Alasca.

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Segundo uma fonte da administração da Rota Marítima do Norte informou ao jornal Rossiiskaya Gazeta, "ao viajar do porto norueguês às ilhas Aleutas, localizadas perto do Alasca, o navio francês foi observado pela inteligência das Frotas do Norte e do Pacífico nas suas regiões de responsabilidade no Ártico russo", enfatizando que esse foi o primeiro navio da OTAN na Rota Marítima do Norte.

Philippe Guéna, comandante do navio Rhône, explicou à agência de notícias AFP que "a travessia tinha o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a região, já que o interesse estratégico vem crescendo constantemente. A região ártica possui uma área 40 vezes maior do que a da França, além de possuir grandes reservas minerais e hidrocarbonetos".

O Rhône é um navio da classe Loire, não porta armas e tem como objetivo oferecer apoio aos demais navios da frota que o acompanha. Além disso, tem 70 metros de comprimento e um calado de 5 metros.

A Rota Marítima do Norte deverá ser fechada para navios estrangeiros a partir de 2019, segundo as últimas leis russas, já "se trata de águas costeiras puramente russas. Portanto, protegemos nossos construtores navais", explicou o vice-primeiro-ministro, Yuri Borisov.

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