Pence: 'Interferência' russa nas eleições americanas 'não é nada' comparada com a chinesa

O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, acredita que as "tentativas de interferência" russas nos assuntos dos EUA não são nada em comparação com as ações da China, informou a agência Bloomberg citando o texto do discurso que Pence irá fazer nesta quinta-feira (4) na ONG Hudson Institute.
Sputnik

Segundo o texto do pronunciamento, Pequim "mobilizou atores sob cobertura" e usa propaganda para "mudar a percepção dos estadunidenses sobre a política chinesa".

"Como me disse recentemente um membro sênior de nossa comunidade de inteligência, o que os russos estão fazendo não é nada comparado com" as ações da China, cita a Bloomberg os trechos do discurso, publicado com antecedência.

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Pence também planeja sublinhar no discurso que a China usa suas tarifas sobre os produtos americanos para influenciar as eleições.

"Eles atingiram propositadamente as indústrias e os estados que desempenhariam um papel importante nas eleições de 2018", refere.

Além disso, o vice-presidente deverá abordar o recente incidente no mar do Sul da China, quando um navio chinês passou a uns 40 metros do destróier americano USS Decatur, fazendo com que este mudasse de direção para evitar a colisão. Mais tarde, a Defesa chinesa declarou que o destróier estadunidense entrara ilegalmente nas águas disputadas perto das ilhas Spratly, que Pequim considera seu território.

Apesar de as aproximações "perigosas" entre navios das Marinhas dos EUA e da China não serem raras, este incidente foi visto como um sinal de crescentes tensões entre as duas potências, escreve a Bloomberg. Neste sentido, Pence deverá afirmar que os EUA continuarão navegando na região "apesar deste assédio imprudente".

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O discurso de Pence tem lugar uma semana após o presidente Donald Trump ter acusado a China de tentar interferir nas eleições de meio de mandato de 2018. Pequim descartou quaisquer tentativas de influenciar os resultados das eleições em questão.

As tensões entre Washington e Pequim ocorrem em meio à atual guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Na semana passada, os EUA impuseram novas tarifas no valor de US $ 200 bilhões sobre produtos importados chineses. Pequim respondeu com a mesma medida, introduzindo taxas aduaneiras de US $ 60 bilhões sobre produtos dos EUA.

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