Ameaças dos EUA não farão Irã deixar a Síria, diz ex-chefe do Pentágono

Segundo o ex-chefe do Pentágono, Chuck Hagel, o número limitado de tropas dos EUA não pode fazer sair as forças do Irã da Síria.
Sputnik

Hagel declarou ao site Defense One que "[…] os EUA não controlam nem sequer metade da Síria […]" e que "[…] com 2.000 soldados americanos você não consegue tirar as tropas iranianas da Síria", enfatizando que seria "[…] uma loucura completa acreditar que se conseguiria ameaçar os sírios, iranianos ou russos […]".

Ele ainda desejou boa sorte a John Bolton, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, enfatizando que, no caso da Síria, não há outro caminho a não ser encontrar uma solução política baseada nos interesses comuns dos países envolvidos.

Os comentários do ex-chefe do Pentágono surgiram após uma declaração de Bolton aos repórteres, onde este afirmava que as forças americanas "[…] não deixariam a Síria antes das tropas iranianas […]". Para Hagel, o envio de 2.000 soldados não cria nenhuma estabilidade na Síria, já que no local há forças russas e iranianas, não se tratando de um local onde não haja força alguma.

Embaixador: EUA ficarão na Síria até quando o presidente americano quiser
James Jeffrey, representante especial americano para a Síria, comentou as críticas feitas por Hagel, dizendo que tanto a Rússia como os EUA não poderiam retirar as tropas iranianas da Síria, pois a presença delas é resultado de uma solicitação formal do governo de Damasco, declarando que "tecnicamente o governo da Síria convidou os iranianos".

Além disso, Jeffrey informa que mesmo que o presidente americano opte pela permanência das tropas americanas na Síria até à saída das tropas iranianas do território, isso não significa que haverá conflitos no território.

Já Assad afirma que Damasco solicitou a ajuda de tropas iranianas e russas e que em momento algum solicitou a presença das tropas americanas, francesas, turcas e israelenses, sendo estas descritas por ele como "forças de ocupação".

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