Durante uma reunião com estudantes da Universidade de Belgrado (Sérvia), Stoltenberg respondeu a questões referentes ao bombardeio e sobre a campanha da OTAN contra o governo do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.
"Enfatizei que fizemos isso para proteger os civis e parar o regime de Milosevic", disse o secretário-geral citado pela mídia Espreso, segundo a qual os moradores locais têm poucas lembranças dos eventos.
A declaração do secretário-geral da OTAN veio uma semana após um breve aumento de tensões entre Belgrado e Pristina, desencadeadas pela visita do líder de Kosovo a uma parte setentrional da região separatista, povoada por sérvios que se recusam a reconhecer a autoridade de Pristina.
Em 1999, sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU, a OTAN lançou ataques aéreos contra a então Iugoslávia, acusando Belgrado do "uso excessivo e desproporcional da força" em um conflito com insurgentes muçulmanos albaneses na região de Kosovo, que viria posteriormente, em 2008, a declarar a independência.
Um membro da equipe jurídica internacional comunicou que "33.000 pessoas ficam doentes por causa disso todos os anos".
O secretário-geral também enfatizou que a OTAN apoiará todos os esforços para normalizar a situação de segurança e reduzir as tensões religiosas, considerando que este território "merece um futuro melhor como parte da comunidade euro-atlântica". Em 2015, Stoltenberg expressou "arrependimento" pelas baixas civis do bombardeio da OTAN.