"Nós não permitiremos ameaças a militares norte-americanos. Temos a intenção de manter as vias marítimas internacionais abertas. É o que os chineses devem entender", disse Bolton na entrevista, o texto da qual está no site da rádio.
Ele sublinhou que a China há muito tempo que tem "abusado da ordem internacional", porém, agora para os EUA chegou o momento de "responder". Segundo as palavras do conselheiro, o Reino Unido e a Austrália tornaram mais frequentes suas passagens pelo mar do Sul da China, enquanto os EUA pensam em explorar recursos naturais nesta região, independentemente da cooperação com a China.
A China, assim como outros países da região (o Japão, o Vietnã e as Filipinas) tem algumas disputas quanto às fronteiras marítimas e zonas de responsabilidade no mar do Sul da China e no mar da China Oriental.
Para a China, as Filipinas e o Vietnã utilizam propositadamente o apoio dos EUA para escalar a tensão na região. Washington, por sua parte, afirma que Pequim está construindo ilhas artificiais, transformando-as em estruturas militares e ampliando assim as suas águas territoriais. A China nega as acusações.
Apesar dos protestos da China, os EUA declaram que vão navegar em todo o lado em que isso é permitido pelo direito internacional, dando a entender que não reconhecem a soberania da China sob as zonas disputadas.