O que está por trás da nova estratégia norte-americana na Síria?

Estados Unidos provavelmente utilizarão novas sanções como nova estratégia contra empresas russas e iranianas que participam da reconstrução da Síria, avaliam especialistas russos.
Sputnik

Essa nova estratégia tem como objetivo expulsar as forças iranianas da Síria pressionando o país financeiramente e estando focada em "esforços políticos e diplomáticos". Moscou, por sua vez, manteve firmemente a rejeição sobre as sanções unilaterais dos EUA contra o Irã, segundo o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov.

Especialistas acreditam que os EUA não possuam interesse algum em reconstruir a Síria, por isso estariam criando obstáculos contra empresas envolvidas na reconstrução do país.

EUA podem vir a punir empresas iranianas e russas que ajudam Síria, diz mídia americana
Outra possível razão seria o fato de que "se as cidades da Síria voltassem à normalidade, isso significaria que Moscou teria alcançado seu objetivo, sendo que o mesmo poderia ocorrer na Líbia, Iraque, República Centro-Africana e em alguns outros países, por isso os EUA estariam fazendo o máximo para impedir a reconstrução da Síria", afirma o cientista político e professor de estudos americanos Viktor Olevich ao jornal russo Vzglyad.

Segundo Viktor Olevich, Washington estaria tomando essas medidas devido ao fato de ter reconhecido sua impotência e fracasso ao tentar acabar com o governo de Assad diante das atividades russas e iranianas, "restando aos EUA apenas elevar o valor da vitória que Síria, Rússia e Irã devem pagar".

"Os EUA se beneficiam da guerra e do sofrimento humano", por isso se negaram a participar na recuperação da economia da Síria, afirma o vice-presidente do Parlamento de Assuntos Internacionais, Vladimir Dzhabarov.

Dmitry Abzalov, presidente do Centro de Comunicações Estratégicas, conclui que as sanções impostas pelos EUA não terão influência nas empresas russas que trabalham na reconstrução da Síria, pois essas empresas sabem como contornar a situação e que todos possuem experiência o suficiente para sair ilesos das sanções americanas.

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