O líder turco confirmou informações publicadas antes pela mídia turca, detalhando os eventos que precederam a morte de Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, incluindo a chegada de três grupos de sauditas separados a Istambul antes da visita do jornalista.
Segundo ele, os agentes sauditas começaram a chegar a Istambul um dia antes do assassinato do jornalista e removeram as câmeras no consulado.
O corpo de Khashoggi ainda não foi encontrado, disse. Mas, ressaltou, como o assassinato teve lugar em Istambul, os suspeitos devem ser julgados na Turquia.
"Como isto foi um assassinato político, também é necessário investigar os cúmplices deste crime em outros países, se tais existirem. Assim mandam as regras da lei internacional. A Turquia vai levar este caso até o fim. Queria fazer um apelo às autoridades sauditas e, em primeiro lugar, ao rei Salman [bin Abdulaziz Al Saud]. O crime foi perpetrado em Istambul, por isso sugiro que o julgamento dos 18 suspeitos desse crime seja feito em Istambul. Mas cabe às autoridades sauditas decidir, claro", declarou o líder turco.
Quanto ao corpo do jornalista, recentemente surgiram várias versões. Assim, líder do partido turco Vatan. Dogu Perincek, relatou que o corpo de Khashoggi teria sido encontrado na residência do cônsul saudita em Istambul. Em particular, o corpo estava em um poço no jardim da residência, afirmou o político, que teria recebido informações dos serviços de segurança de Istambul.
Jamal Khashoggi, colunista do jornal Washington Post, vivia nos EUA desde 2017 e foi dado como desaparecido em 2 de outubro após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
Durante mais de duas semanas, a parte saudita afirmou que o jornalista tinha saído do consulado. Porém, na noite de sexta para sábado (20), Riad reconheceu que o jornalista foi de fato assassinado durante uma suposta briga com funcionários do consulado.