"A retirada dos EUA deste tratado lança uma corrida armamentista e, embora [a saída] não seja nossa iniciativa, podemos defender nossos interesses, encontraremos a resposta certa", afirmou ela a repórteres.
Matvienko enfatizou que Washington decidiu deixar o Tratado INF unilateralmente, sem discutir as consequências deste passo com especialistas ou explicar suas demandas à Rússia.
"É uma decisão catastrófica que prejudica o sistema internacional de estabilidade", analisou.
Em 20 de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que seu país abandonaria o Tratado INF, alegando violações do acordo pela Rússia.
Mais tarde, o presidente estadunidense acrescentou que os EUA aumentarão suas capacidades nucleares até que outros países, como a Rússia e a China, "retomem a razão".
Moscou afirmou que essas alegações causam preocupação, já que a medida tornará o mundo mais perigoso.
Mais cedo nesta quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a intenção dos EUA de sair do Tratado INF deve seu "desejo de se envolver em uma corrida armamentista".
O Tratado INF, assinado por Washington e Moscou em 1987, não tem data de expiração e proíbe as partes de ter mísseis balísticos terrestres ou mísseis de cruzeiro com um alcance de 500 a 5.500 quilômetros.
A Rússia e os EUA acusaram-se repetidamente de desenvolver sistemas que violam este pacto.