General israelense não exclui confronto militar com Irã, mas só em caso extremo

Israel considera um confronto militar com o Irã apenas como último recurso, mas essa possibilidade existe, disse o general israelense.
Sputnik

"Isso é improvável [um confronto militar entre o Irã e Israel], mas se o Irã continuar a construir um posto militar avançado na Síria, Israel não será capaz de tolerar isso. Eu não acho que isso leve a uma grande colisão. Se o Irã continuar desenvolvendo seu programa nuclear, ele deverá ser parado”, sublinhou o ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional e ex-vice-chefe do Estado Maior, general Uzi Dayan falando com a Sputnik.

No entanto o general destacou que a pressão contra Irã deve continuar, mas através de sanções, esforços diplomáticos, boicotando o petróleo iraniano. Essas medidas, de acordo com o interlocutor da Sputnik, são eficazes. 

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De acordo com ele, se o Irã cruzar a linha e quebrar o acordo sobre o programa nuclear, "ele deverá ser parado". "Israel pode parar o Irã? A resposta é 'sim'. Mas nós queremos usar as ações militares apenas como medida muito extrema. O Irã pode ser parado, mas um país como o Irã não pode ser parado com 'mãos vazias'. Então, quando dizemos que o Irã precisa ser parado, nós nos preparamos para a situação em que o Irã quebra todas as regras e nós temos que agir. Não temos isso como preocupação principal, mas essa possibilidade existe", concluiu.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em 8 de maio que Washington se retira do acordo com o Irã sobre o programa nuclear e anunciou a reposição de todas as sanções contra o Irã, incluindo as sanções secundárias, contra outros países que fazem negócios com o Irã. Os membros remanescentes dos "seis" se opuseram a essa decisão dos Estados Unidos. Os parceiros europeus de Washington declararam que pretendem continuar cumprido os termos do acordo com o Irã.

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