Maduro: Lula foi 'sequestrado' e teria ganhado eleição por 'ampla margem'

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comentou a política brasileira e a carava de imigrantes que está indo para os Estados Unidos. As falas foram feitas por meio da televisão estatal nesta quarta-feira (31).
Sputnik

"Eles sequestraram esse grande líder mundial, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele está sequestrado, não permitiram que ele fizesse campanha, porque eles o temiam. Se Lula tivesse sido candidato, tenham certeza de que ele ganharia por uma ampla margem", disse o presidente venezuelano. 

Ele também comentou sobre a caravana de imigrantes que está rumando aos Estados Unidos. O grupo de refugiados da América Central já foi alvo de críticas do presidente Donald Trump, que promete não deixá-los entrar.

"Olhe para a bagunça em Honduras, o imperialismo não quer aprender, há duas grandes catástrofes migratórias no mundo e ambas têm marcas de fábrica: 'made in USA', o imperialismo, feito na América, feita pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)."

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O chefe de Estado disse que em Honduras "as eleições foram roubadas" para que o candidato indicado pela direita ganhasse.

"O candidato postulado pela força democrática e progressista [Salvador Nasralla] estava ganhando as eleições por vários pontos e o sistema [de apuração] caiu. Quando o sistema de contagem de votos voltou, o candidato da direita estava ganhando, o hoje presidente ilegítimo de Honduras [Juan Orlando Hernández]", acrescentou Maduro.

O mandatário venezuelano disse que a crise em Honduras começou em 2009, quando houve um golpe de Estado contra o ex-presidente Manuel Zelaya (2006-2009).

"A partir desse momento começou um processo de decomposição e crise em Honduras e então vemos milhares de hondurenhos caminhando por quilômetros e quilômetros para encontrar alguma esperança na vida nos EUA", disse ele.

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Maduro também disse que os blocos regionais, como a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), devem permanecer mais firmes do que nunca para enfrentar um momento regional que ele descreveu como "desfavorável".

"Hoje estamos em um momento delicado, com uma correlação de forças regionais desfavorável, ​​com um aumento do imperialismo americano e as forças da direita, que vieram com o seu projeto de intolerância ideológica, política e assédio".

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