De acordo com o portal The National Interest, o sistema antiaéreo que a Rússia possui é de vários níveis e é composto por diferentes sistemas de longo, médio e curto alcance, que foram significativamente modernizados após o colapso da URSS.
Na opinião de Adam Cabot, as manobras Vostok 2018, que decorreram no início de setembro, tinham por objetivo mostrar à OTAN que o espaço aéreo russo é de fato um "verdadeiro campo de minas" para o potencial inimigo.
Ao mesmo tempo, o artigo reconhece que a Força Aérea dos EUA é a mais avançada no mundo e tem uma experiência enorme de luta contra sistemas antiaéreos inimigos, porém, ainda nunca se depararam com um sistema de defesa antiaérea semelhante ao russo.
Ao usar contra a Rússia táticas de supressão que se utilizavam antes, acredita o analista, os problemas são inevitáveis, entre eles — o custo e a provável incapacidade de eliminar todos os sistemas de defesa antiaérea russos. Aliás, outro dos obstáculos nessa operação também seria a alta mobilidade destas armas.
Além disso, acredita Cabot, tais aviões como o bombardeiro furtivo B-2 podem ser vulneráveis perante os novíssimos sistemas de radar e aeronaves de combate russas. Já os caças caros F-22 e F-35 podem correr riscos ainda maiores perante as armas russas, ressalta a edição.
Na história já ouve precedentes em que os aviões furtivos não lograram cumprir suas tarefas — por exemplo, o caso do F-117A eliminado durante a operação na Sérvia, em 1999. Isso pode se repetir, alerta o autor, pois as tecnologias furtivas não podem tornar os aviões completamente invisíveis, enquanto os êxitos russos na criação de novas tecnologias tornam rapidamente ineficazes essas inovações.