Uma investigação realizada por cientistas australianos confirmou que, apesar de que a ilha da Tasmânia (Austrália) e o Grand Canyon do Arizona (EUA) se situam à distância de milhares de quilômetros, existe uma conexão geológica entre essas duas regiões.
A equipe liderada pelo pesquisador Jacob Mulder encontrou uma estranha semelhança entre as rochas sedimentares do chamado Rocky Cape Group da Tasmânia e as do Unkar Group (localizado no Grand Canyon, no sudoeste dos EUA).
As rochas da Tasmânia confundiram os cientistas porque "não se assemelhavam" aos seus vizinhos australianos, pertencentes ao período Mesoproterozoico, disse Mulder. Portanto, a equipe decidiu analisar os grãos minerais de zircônio, que constituem uma pequena proporção delas, para descobrir sua origem.
"Juntas, essas diferentes linhas de evidência apoiam a interpretação de que as rochas sedimentares tasmanianas faziam parte do mesmo sistema de bacias mesoproterozóicas que agora estão expostas no Grand Canyon", confirmou Mulder.
"Concluímos que, embora agora esteja do lado oposto do planeta, a Tasmânia deve ter estado ligada ao oeste dos Estados Unidos no Mesoproterozóico", acrescentou.
Segundo o cientista, o estudo sobre a configuração do supercontinente é importante para "entender os segredos da Rodínia, que tem permanecido um mistério por décadas".