Política de Trump pode pôr fim à hegemonia global dos EUA, afirma mídia

Assim como as políticas malsucedidas do ex-líder soviético Mikhail Gorbachev causaram o colapso da URSS, o sucesso econômico de Trump pode vir a ter esse mesmo destino, escreve a mídia asiática.
Sputnik

Segundo o colunista Raja Murthy relatou no Asia Times, ao criar condições para que outras nações desistam de negociar, o presidente Trump acaba fazendo com que os EUA percam sua liderança global.

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Esse fato é comprovado pelas insistentes sanções norte-americanas, principalmente contra o Irã, classificadas como "unilaterais e ilegais". Embora o Departamento de Estado dos EUA tenha "permitido" que alguns países comprem o petróleo iraniano, de acordo com Murthy, isso é o mesmo que "agitar a bandeira verde depois que o trem já partiu".

Caso Trump pague a gigantesca dívida pública americana de US$ 21,6 trilhões (R$ 80,6 trilhões) para tirar o país do fosso econômico, isso significaria "a morte da hegemonia americana", enfatiza o jornalista.

Murphy faz uma referência ao imperador Marco Aurélio do Império Romano, que seguia uma política de constantes gastos e consumos, o que levou à sua queda final, acrescentando que um futuro semelhante aguarda os EUA.

O abandono pelo líder norte-americano da antiga política de apoio financeiro aos países estrangeiros, diminuindo suas participações em assistência financeira a outros países e aumentando os gastos em segurança, acaba afastando as outras nações.

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"Um mundo menos ligado à generosidade americana e às generosas tarifas de comércio pode rejeitar mais facilmente a doutrina de intimidação dos presidentes dos Estados Unidos, a política de 'ou estão conosco ou contra nós'", disse o crítico.

No final, os Estados Unidos, economicamente bem-sucedidos, preocupados com seus problemas internos, acabarão sofrendo as consequências.

"Tudo chega a um fim, assim como o último império da nossa era", escreve Murthy, adicionando que tal resultado permitirá construir um mundo mais igual e mais justo, "graças ao homem que, inconscientemente, acabou por ser o Gorbachev-2 na Casa Branca".

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