"Pela primeira vez na história, temos um governo americano que, para dizer o mínimo, não está entusiasmado com uma Europa unida e forte", disse Tusk em um discurso na véspera das celebrações que marcam o 100º aniversário da independência da Polônia. "Estou falando de fatos, não de propaganda", observou o político polonês e diplomata, citado pela AFP.
"O presidente Macron da França acaba de sugerir que a Europa construa suas próprias forças armadas para se proteger dos EUA, China e Rússia. Muito insultante, mas talvez a Europa deva primeiro pagar a sua parte justa à OTAN, que os EUA subsidiam grandemente!", disse o americano.
A troca de acusações entre Tusk e Trump é apenas a mais recente de uma série de críticas mútuas. Tusk anteriormente criticou Trump por aparentemente tentar desmantelar a ordem mundial pós-Segunda Guerra Mundial.
"Não pode ser descartado que haverá dois fluxos representados: um nas cores dos camisas-marrons- anti-europeu e focado no nacionalismo, e o segundo que quer fortalecer o máximo possível para a integração na UE", disse ele durante a entrevista.
Tusk acrescentou que alguns países dentro da UE querem "mais conflito do que cooperação, mais desintegração do que integração", referindo-se à ascensão de movimentos de direita em vários membros do bloco. Ele reiterou suas críticas à atual liderança polonesa, que consistentemente coloca os interesses poloneses acima dos da Europa, alertando que o curso político em Varsóvia poderia levar a Polônia a deixar a UE.
"Aqueles que se opõem a uma forte presença polonesa na Europa são de fato contra nossa independência", disse Tusk.