Erdogan diz ter compartilhado gravações do assassinato de Khashoggi

Autoridades da Arábia Saudita, Estados Unidos, Alemanha, França e Grã-Bretanha ouviram gravações em áudio relacionadas ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, disse o presidente da Turquia neste sábado (10).
Sputnik

A afirmação de Recep Tayyip Erdogan é o primeiro reconhecimento público das gravações e foi concedida antes de seu embarque rumo a França para participar das comemorações do aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial.

O mandatário turco também afirmou que a Arábia Saudita sabe quem é o responsável pelo assassinato de Khashoggi.

A diretora da CIA, Gina Haspel, que visitou a Turquia no mês passado para obter informações sobre a investigação, teria ouvido as gravações de áudio do assassinato. A existência das gravações vazou para a mídia, mas nunca foi confirmada abertamente até agora.

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A Turquia diz que Khashoggi, que criticava o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, foi estrangulado e desmembrado no consulado como parte de um assassinato planejado. Reportagens sugerem que seu corpo poderia ter sido dissolvido quimicamente.

A Turquia está buscando a extradição de 18 suspeitos que foram detidos na Arábia Saudita, para que possam ser julgados na Turquia. Eles incluem os 15 membros do suposto esquadrão de assassinato.

A Arábia Saudita insistiu por semanas após Khashoggi ter desaparecido de que ele havia saído do consulado, antes de mudar sua versão para dizer que ele morreu em uma briga.

No mês passado, a Arábia Saudita reconheceu que as evidências turcas indicam que o assassinato de Khashoggi foi premeditado, mudando sua explicação em um aparente esforço para aliviar a indignação internacional com a morte.

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