Segundo o jornal norte-americano, o general-major saudita, Ahmed Al-Assiri, que teria ordenado o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, participou de uma série de reuniões em março de 2017 em Riad com empresários aos quais teria sido proposto um plano de US$ 2 bilhões (R$ 7,5 bilhões) para usar agentes privados da inteligência para sabotar a economia iraniana.
Durante um encontro, os principais assessores de Al-Assiri teriam indagado a possibilidade de assassinar Qasem Soleimani, chefe das forças especiais da Guarda Revolucionária iraniana, que é considerado um dos principais inimigos da Arábia Saudita.
Mais um participante teria sido Joel Zamel, político estratégico israelense. Segundo a publicação, os empresários viram o plano contra Teerã como possível fonte de investimentos e como um modo de paralisar o país considerado "uma ameaça profunda".
De acordo com as fontes anônimas do jornal, os funcionários sauditas comentaram que estavam interessados em assassinar altos funcionários iranianos mediante "operações letais". No entanto, a seguir, os empresários teriam consultado seus advogados e decidido não participar.
Tanto o governo saudita como os advogados de Nader e de Zamel se negaram a comentar a suposta reunião.
No dia 2 de outubro, o jornalista Jamal Khashoggi, severo crítico do sistema de governo de Riad, foi assassinado dentro do consulado saudita em Istambul. A Turquia alega ter gravações e provas documentais da tortura seguida de assassinato e desmembramento do colunista, com anuência de autoridades diplomáticas e sob as ordens de Riad.