O Reino Unido está prestes a construir novas relações com Moscou, declarou a primeira-ministra britânica Theresa May durante reunião na segunda-feira (12). May mais uma vez elogiou "a unidade internacional perante violação da Rússia pelas regras mundiais" e abordou a questão da "Rússia hostil".
"O ano passado demonstrou, de modo trágico, que essas ameaças são mais do que reais, não apenas através do uso de armas químicas nas nossas ruas pelos dois agentes da inteligência russa. Mas ele também provou a nossa prontidão para reagir […] Nós coordenamos a maior deportação da história de funcionários da inteligência russos, minando significativamente as capacidades de inteligência da Rússia nos próximos anos", disse a premiê britânica.
Além disso, Theresa May admite a possibilidade de construir outras relações com a Rússia para incentivar o trabalho conjunto e, desse modo, garantir a estabilidade internacional.
"Permanecemos abertos a outros tipos relações [com a Rússia] — tais relações, sob a qual a Rússia interromperá os ataques que prejudicam a segurança e os acordos internacionais, e sob as quais trabalhará conosco para cumprir obrigações comuns como membros do Conselho de Segurança da ONU. Nós esperamos que o Estado russo escolha esse caminho. Se acontecer assim, nós responderemos em conformidade", declarou.
"As novas relações são, aparentemente, relações em que Moscou desempenhará papel de objeto, e será informada sobre o que, como e quando deve agir. Mas não haverá essas relações, por isso, neste caso, essas são palavras completamente desnecessárias e vazias", disse o analista.
Para o especialista russo, May tem seus próprios problemas com o Brexit que não é apoiado pela oposição e nem por boa parte do seu próprio partido. Sobre a questão russa, "ela mais uma vez mostra sua fraqueza", destacou o analista.
"Na Rússia todos entendem perfeitamente que é inútil falar com tais pessoas sobre como a ‘Rússia deve agir', afirmou Vladimir Bruter. A única coisa que está completamente clara nesta situação, é que May não permanecerá por muito tempo no posto de primeira-ministra e nós devemos prever quem será seu sucessor e quais serão as relações entre Rússia e Reino Unido durante o próximo poder", concluiu Bruter.