Pesquisadores russos trabalham em foguete nuclear que pode ir a Marte em breve (VÍDEO)

Um importante centro russo de pesquisa espacial publicou um vídeo de seu foguete nuclear, que poderá pousar em Marte depois de 7 meses, e pode ser relançado no espaço apenas 48 horas após o pouso.
Sputnik

"Uma missão a Marte é possível em um futuro muito próximo, mas isso não é um objetivo em si. Nossos motores podem ser a base para uma série de missões espaciais que atualmente parecem ficção científica", disse Vladimir Koshlakov, chefe do Centro de Pesquisas Keldysh, em Moscou.

O instituto, famoso por desenvolver o foguete Katyusha lançado durante a Segunda Guerra Mundial, vem trabalhando no que diz ser um sistema de propulsão "único" desde 2009. A partir de descrições anteriores, ele é composto por um reator de fissão refrigerado a gás que alimenta um gerador, que por sua vez alimenta um propulsor de plasma.

Vários reatores nucleares foram instalados no espaço pelos soviéticos e pela NASA entre as décadas de 1960 e 1980, mas, embora Koshlakov tenha se recusado a nomear uma data para quando os novos motores estarão prontos, ele diz que "ultrapassará o nível atual de tecnologia e tecnologia e desenvolvimento científico".

"A reutilização é a prioridade", afirmou Koshlakov, um pesquisador científico especializado em transferência de calor e modelagem matemática.

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"Precisamos desenvolver motores que não precisem ser aperfeiçoados ou reparados mais de uma vez a cada 10 voos. Além disso, 48 horas após o foguete retornar do espaço, ele deve estar pronto para ser usado novamente. É isso que o mercado exige", acrescentou.

Questionado sobre se poderia ser atacado por empresas estrangeiras, particularmente corporações privadas mais ágeis, como a SpaceX, de Elon Musk, que está planejando sua missão em Marte, Koshlakov não se preocupou.

"Elon Musk está usando a tecnologia existente, desenvolvida há muito tempo. Ele é um homem de negócios: ele pegou uma solução que já estava lá e a aplicou com sucesso. Notavelmente, ele também está fazendo seu trabalho com a ajuda do governo", concluiu Koshlakov.

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