Por que Marinha americana ativa 'modo silencioso' no Atlântico?

A Marinha dos EUA decidiu limitar suas atividades em algumas partes do oceano Atlântico buscando proteger a baleia-franca-do-atlântico-norte, escreve a edição Popular Mechanics.
Sputnik

No século XIX, a caça quase levou esta criatura marinha à extinção e a população de baleias não conseguiu se recuperar desde então. Hoje em dia, a espécie conta com 430 animais, mas com apenas 100 fêmeas capazes de se reproduzir. Os especialistas alertam que estes animais podem desaparecer por completo até 2040, segundo a edição.

Os ecólogos tiveram várias disputas com a Marinha estadunidense quanto à proteção das baleias, já que certas atividades militares afetam os mamíferos.

Por isso, os militares norte-americanos se comprometeram a limitar algumas de suas atividades durante os períodos de migração das baleias, que se deslocam para sul ao longo da costa leste dos EUA para se reproduzirem, explica a mídia.

Em particular, a Marinha vai limitar o uso de sonares ativos e de explosões subaquáticas ao longo da costa leste a partir de meados de novembro.

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Os sonares são utilizados para a detecção de submarinos, podendo afetar gravemente as baleias e até matá-las. As explosões são levadas a cabo geralmente para testar a resistência dos navios a ataques inimigos.

Para além disso, como parte de seus esforços, a Marinha informará as embarcações comerciais sobre a localização dos animais.

O artigo destaca que as novas restrições ocorrem em meio de treinamentos de luta antissubmarino, que se intensificaram perante o ressurgimento das Marinhas da China e da Rússia. Os EUA encaram os submarinos russos equipados com mísseis de cruzeiro (classe Borei) como uma ameaça, o que levou inclusive a Marinha americana a reativar a sua Segunda Frota, desativada desde o fim da Guerra Fria.

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