Deputado explica o que evidenciam exercícios ucranianos no mar de Azov

Os militares ucranianos realizaram mais uns exercícios no mar de Azov. O deputado russo Yuri Shvytkin expressou ao serviço russo da Rádio Sputnik a sua opinião sobre a situação, assinalando que a Rússia não aceitaria provocações desse tipo.
Sputnik

No decorrer dos exercícios no mar de Azov, foram treinados disparos condicionais contra navios inimigos na proximidade da costa, disse na sexta-feira (23) o centro de imprensa das forças conjuntas da Ucrânia.

"Unidades do agrupamento operacional Vostok das forças conjuntas demonstraram durante exercícios intensos como destruir navios anfíbios inimigos e proteger a costa marítima", disse o centro de imprensa em um comunicado no Facebook.

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Os engenheiros militares conduziram uma rápida colocação de minas em seções da costa perigosas para desembarque e na sua aproximação, e uma divisão de artilharia de foguetes múltiplos Uragan "bombardeou condicionalmente navios inimigos nas proximidades da costa", segundo o centro de imprensa.

O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Yuri Shvytkin, contou ao serviço russo da Rádio Sputnik das razões e possíveis consequências desses exercícios.

"Indubitavelmente, estes exercícios evidenciam tentativas de provocações das autoridades ucranianas, em particular das Forças Armadas da Ucrânia. Isso deve atrair mais uma vez a atenção da União Europeia para a situação no mar de Azov, a UE deve declarar às autoridades ucranianas sobre a inadmissibilidade de tais provocações", opina o deputado russo.

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Além disso, a situação revela a "necessidade de serem tomadas medidas correspondentes" por parte da Rússia para prevenir violações das normas do direito internacional, para as quais infelizmente há premissas e mesmo violações diretas da parte ucraniana, assinalou Shvytkin.

"Quero sublinhar que em geral as forças e meios concentrados nessa área são suficientes para prevenir provocações. No entanto, se tiver lugar um agravamento mais sério da situação, nós estamos prestes a reforçar ainda mais essa área", declarou o deputado.

A navegação no mar de Azov vem piorando desde o início deste ano. Em março, a Ucrânia deteve o navio pesqueiro russo Nord, acusando o capitão de ter visitado ilegalmente a Crimeia "para prejudicar os interesses do Estado". Em agosto, a guarda costeira ucraniana deteve o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com sua tripulação a bordo.

Moscou se referiu às ações de Kiev como "terrorismo marítimo" e ordenou o reforço do controle da fronteira na sua parte do mar de Azov.
Posteriormente, Kiev anunciou a intenção de fortalecer sua presença militar no mar de Azov e de criar uma base naval na região.

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