Mais cedo, o ex-vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, tenente-general Igor Romanenko, declarou em um seu artigo no jornal Apostrof, que a Rússia pode fechar o mar de Azov à passagem de navios ucranianos, mas isso levaria a uma "grande guerra" com a Ucrânia. No entanto, ele confirmou que um conflito militar com Moscou seria inviável para Kiev, já que esta não será capaz de dar uma resposta ao exército russo.
Nessa conexão, o analista militar russo Igor Korotchenko compartilhou sua opinião sobre o assunto, revelando que tal desenvolvimento da situação causaria muito danos à Ucrânia:
"As capacidades militares da Ucrânia, especialmente da sua Marinha, não permitem à Ucrânia conduzir quaisquer ações de combate contra a Rússia, é um puro suicídio. Ademais, para Poroshenko [Pyotr, presidente ucraniano], tal desenvolvimento da situação nas vésperas das eleições presidenciais significaria uma simples catástrofe política sem chance alguma."
Nas palavras dele, a retórica guerreira da Ucrânia quanto à Rússia provoca nada mais de que a "piedade desdenhosa".
"É pouco provável que um país incapaz de construir seu Estado e assegurar uma vida digna para seu povo possa garantir sua segurança nacional", resumiu.
A navegação no mar de Azov vem piorando desde o início deste ano. Em março, a Ucrânia deteve o navio pesqueiro russo Nord, acusando o capitão de ter visitado ilegalmente a Crimeia "para prejudicar os interesses do Estado". Em agosto, a guarda costeira ucraniana deteve o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com sua tripulação a bordo.
Moscou qualificou as ações de Kiev como "terrorismo marítimo", reforçando as inspeções alfandegárias na sua parte do mar de Azov. Então, a parte ucraniana acusou a Rússia de "levar a cabo uma política dura de detenção e inspeção de navios".