O conhecido professor estadunidense Stephen Cohen considerou as tentativas dos EUA de isolar a Rússia como "bobagem vã e pobreza de pensamento externo de Washington", assegurando que esse objetivo da Casa Branca já se mostra como falho de forma evidente.
Na opinião dele, a posição da Rússia na arena internacional está muito longe do "isolamento", pois depois de 2014 Moscou tem se tornado hoje "a capital diplomática mais ativa de todas as maiores potências". Assim, o país expande sua cooperação com toda uma série de países no Oriente Médio e Ásia, bem como com governos europeus, apesar das sanções introduzidas pela União Europeia após a reintegração da Crimeia na Rússia no ano de 2014.
Aliás, os diplomatas russos coordenam hoje em dia três processos de negociação importantíssimos para o mundo todo — na Síria, entre a Sérvia e Kosovo e no Afeganistão.
"Em outras palavras, será que qualquer outro líder nacional do século XXI se iguala aos recordes diplomáticos do presidente russo Vladimir Putin e seu chanceler, Sergei Lavrov? Claro que não é o caso dos ex-presidentes norte-americanos George W. Bush, Obama, ou da chanceler cessante da Alemanha, Angela Merkel. Nem qualquer líder britânico ou francês", escreveu.
Resumindo, o professor destaca que Washington deve aprender com a Rússia ou, caso contrário, ficará ela mesma ainda mais isolado.
"Stephen Cohen é um dos poucos representantes do pensamento político norte-americano de hoje em dia que segue os princípios do realismo, pelo menos ele defende a melhora nas relações russo-americanas. Claro que Cohen tem razão ao falar que isolar um país do tamanho de um continente é impossível. Eu acho que os EUA sobrestimam suas capacidades. Especialmente tomando em consideração que hoje em dia eles tentam isolar não somente a Rússia, mas também a China, o Irã e a Coreia do Norte", opinou.
"Com suas ações, não apenas em relação a seus rivais, mas também a aliados, com seus regimes de sanções, guerras comerciais contra a Europa ou o Canadá, os EUA fazem de si próprios um país-pária. Recentemente, os EUA saíram da Parceria Transpacífico, do acordo climático de Paris, do acordo iraniano, do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, agora ameaçam sair do Tratado INF… Ou seja, resumindo, ao tentar isolar a Rússia e muitos outros, os EUA podem, em primeiro lugar, ter uma ‘sobrecarga' e, em segundo lugar, se isolarem a si mesmos", concluiu.