A primeira-ministra britânica, Theresa May, terá agora a importante tarefa de vender o acordo ao seu Parlamento relutante e uma nação que ainda se divide fundamentalmente se o Reino Unido deveria deixar o bloco europeu em 29 de março e sob quais condições.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou neste sábado (24) que Madri apoiaria o Brexit após Reino Unido e a UE concordarem em dar uma palavra à Espanha no futuro do território disputado de Gibraltar.
"A Europa e o Reino Unido aceitaram as condições impostas pela Espanha. Portanto, como consequência disso, a Espanha suspenderá seu veto e amanhã votará a favor do Brexit", disse o premiê espanhol.
A medida deve permitir que os líderes da UE assinem o acordo Brexit entre a Grã-Bretanha e a UE na cúpula de domingo.
O minúsculo território de Gibraltar — cedido à Grã-Bretanha em 1713, mas ainda reivindicado pela Espanha — foi a única disputa deixada pendente antes da cúpula e se transformou em um obstáculo ao acordo.
Na sexta-feira, Madri disse que não apoiaria o acordo com a Brexit, a menos que receba uma garantia sólida sobre o futuro de Gibraltar.
Sánchez disse que o acordo alcançado daria à Espanha "garantias absolutas para resolver o conflito que durou mais de 300 anos antes da Espanha e do Reino Unido".
May estava a caminho de Bruxelas quando o acordo chegou e espera deixar a sede da UE no domingo com um acordo firme sobre os termos de retirada da Grã-Bretanha da UE em 29 de março, além de um abrangente texto de negociação sobre como será o relacionamento com o bloco europeu após o divórcio.