O relatório do laboratório de pesquisa do College of William and Mary (EUA), AidData, forneceu dados sobre os investimentos chineses, que provam essa tendência de financiamento em países em desenvolvimento.
A finalidade chinesa é garantir o controle sobre fontes de matérias-primas e assegurar seus suprimentos, principalmente em relação a países em desenvolvimento, como os do continente africano. Isso também implica a compra de instalações já existentes ou a construção de novos meios e infraestruturas para gerar o crescimento das economias desses países como parceiros comerciais da China.
"Isso é feito não apenas para garantir o fornecimento de matérias-primas desses países à China, mas também para que eles possam desempenhar um papel cada vez mais importante como mercado para os bens e serviços chineses", disse o especialista ao jornal Vzglyad.
Os projetos da nova Rota da Seda indicam claramente que a meta crucial da China é ter o controle sobre o sistema econômico mundial, podendo desafiar a hegemonia global dos Estados Unidos, segundo economistas.
Kocheshkov considera que a nova Rota da Seda não passa de uma nova designação dada à pragmática expansão econômica chinesa, que visa criar um espaço financeiro único sobre um território que inclui toda a Eurásia, bem como parte da África e Oceania.
"A influência econômica chinesa em várias regiões em desenvolvimento está ao mesmo nível ou até à frente da influência dos países ocidentais", disse o especialista.
Segundo o cientista político russo Dmitry Karasev, Pequim investe em países populosos que em breve se tornarão consumidores de produtos chineses, seguindo a mesma estratégia que Washington já adotara: usar os investimentos para abrir mercados de consumo.
Em parte, a China está seguindo uma estratégia de imperialismo econômico, mas é improvável que tenha sucesso sem o imperialismo militar enquanto os Estados Unidos mantiverem sua hegemonia.