Sanções dos EUA fazem com que China passe a buscar ainda mais petróleo e gás da Rússia

Enquanto os EUA continuam incitando guerra comercial contra a China, as exportações russas de petróleo cru e gás natural liquefeito (GNL) para o mercado chinês continuam subindo, escreve Wang Cong para Global Times.
Sputnik

As importações chinesas de petróleo russo aumentaram 58% em relação ao ano anterior e atingiram um novo recorde de 1,73 milhão de barris por dia, de acordo com a Reuters.

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Na mesma época, as importações chinesas de petróleo do Irã caíram até 64% em relação ao ano passado, correspondendo a assombrosos 247.160 barris por dia.

De acordo com especialistas, há uma razão sensível para o aumento das importações chinesas de petróleo da Rússia e para a queda nas importações de petróleo do Irã: as petrolíferas chinesas buscam alternativas e optam pelo petróleo russo para evitar sanções norte-americanas.

"Enquanto as sanções dos EUA contra o Irã foram uma ação unilateral a qual muitos países se opuseram, incluindo a China, as petrolíferas do gigante asiático não têm escolha a não ser encontrar novas importações que substituam as do Irã para evitar as sanções estadunidenses", afirmou Han Xiaoping, analista-chefe do site da indústria energética china5e.com.

Mesmo a o gigante asiático se opondo às medidas restritivas dos EUA, suas empresas se veem obrigadas a ampliar suas fontes de importação de petróleo. Em meio aos câmbios no mercado global de petróleo cru, as empresas russas apresentaram melhores alternativas para a China, segundo Li Li, diretor investigativo da consultoria ICIS."O petróleo russo tem os melhores preços e a melhor disponibilidade", acrescentou.

As exportações russas de GNL também podem ser beneficiadas pela política norte-americana, visto que a China impôs recentemente tarifas ao gás norte-americano devido à guerra comercial.

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A Corporação de Petróleo Nacional da China anunciou recentemente a conclusão da usina de liquefação de gás natural de Yamal GNL e que a produção foi iniciada com uma capacidade anual estimada em 16,5 milhões de toneladas, observa Global Times.

"Isso sem dúvida trará muito mais GNL russo para a China, substituindo as exportações de GNL dos EUA", afirmou Han Xiaoping, acrescentando que "tem se convertido em uma espécie de chichê, mas é a obstinada busca de ações protecionistas dos EUA o que causa problemas para os seus produtos energéticos no mercado chinês".

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