Kiev esperava morte de marinheiros no estreito de Kerch, supõe cientista político

Kiev "enviou para sacrifício" os seus marinheiros na situação de violação da fronteira no estreito de Kerch, afirmou um general ucraniano. O cientista político Rostislav Ischenko expressou ao serviço russo da Rádio Sputnik a sua opinião, concordando com o general.
Sputnik

Os marinheiros detidos em resultado de violação da fronteira russa no estreito de Kerch foram "enviados para sacrifício" por Kiev, declarou ao portal Politeka o ex-chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Ucrânia, general de exército Nikolai Malomuzh.

Entrando em um território controlado pela Rússia, não havia outra alternativa de desenvolvimento da situação além da detenção dos violadores com o uso de armas, comentou ele. Se as autoridades ucranianas escolheram deliberadamente essa rota e formato de deslocação, então isso foi "um grande crime", acrescentou.

"Com certeza, os marinheiros foram enviados para sacrifício, visto que ao final eles podiam ter morrido. Não devemos esquecer que, apesar de serem lanchas pequenas, elas estavam armadas — elas fazem parte da Marinha da Ucrânia", comentou ao serviço russo da Rádio Sputnik o cientista político Rostislav Ischenko.

A Ucrânia declara que está em guerra com a Rússia, altos responsáveis ucranianos, inclusive deputados e generais, declararam anteriormente que se devia explodir a Ponte da Crimeia, sublinhou Ischenko. Nesta situação, quando uma esquadra, mesmo pequena, invade as águas territoriais da Rússia, não reagindo aos apelos, era lógico supor que ela seria afundada, disse o analista.

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Para ele, o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko estava contando com tal cenário, tendo criado uma armadilha para os marinheiros.

Mais cedo, o presidente russo Vladimir Putin comentou o incidente no estreito de Kerch, sublinhando que foi uma provocação organizada pelo presidente ucraniano nas vésperas das eleições presidenciais.

Ontem (27), o tribunal ordenou a detenção de 15 dos 24 marinheiros ucranianos detidos pela guarda fronteiriça russa em 25 de novembro após violarem a fronteira da Rússia. Na segunda-feira (26), a Suprema Rada (parlamento ucraniano) aprovou um decreto sobre a introdução da lei marcial em algumas regiões do país por 30 dias.

Em 25 de novembro, três navios ucranianos — Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu — atravessaram a fronteira marítima da Rússia, violando o direito internacional. Foi tomada a decisão de usar armas. Os navios ucranianos foram detidos. Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos. Eles receberam assistência médica e não correm risco de vida. A Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.

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