Kiev reclama após agência se recusar expor outdoor contra Rússia durante cúpula do G20

A vice-ministra de Política de Informação ucraniana, Emine Dzhapárova, informou que Kiev não foi autorizada a instalar um outdoor com propaganda anti-russa em frente ao local que abrigará a cúpula do G20 em Buenos Aires.
Sputnik

Comentando a questão ao Infobae, Dzhapárova disse que Kiev contratou os serviços da empresa de comunicação internacional Latcom para instalar um enorme cartaz com uma mensagem contra a presença russa na Crimeia e ao apoio às milícias separatistas do leste da Ucrânia. No entanto, o pedido teria sido rejeitado por ser considerado "muito político".

O pôster em inglês dizia "O mundo mudou. Por quê? A Ucrânia sabe a resposta", uma referência para a campanha do governo ucraniano '100Whys', que tenta promover internacionalmente a sua visão dos eventos no país após a crise de 2014.

Além disso, o cartaz mostraria um mapa da Ucrânia com uma serra banhada em sangue dividindo a Crimeia (simbolizando a divisão do território) e um machado sobre a região de Donbass, devido à guerra civil que segue em curso no leste. Dzhapárova especificou que o cartaz também mostraria o rosto de uma menina ucraniana de 13 anos que perdeu uma perna durante o conflito armado.

Emine Dzhaparova, vice-ministra do Ministério de Política de Informação da Ucrânia, fala ao Programa de Liderança Internacional de Visitantes dos EUA (IVLP), patrocinado pelo Departamento de Estado dos EUA.

A Sputnik entrou em contato com a Latcom para entender os detalhes da decisão, mas não recebeu resposta até o momento.

Pelo Facebook, Dzhapárova informou que a Ucrânia levará a campanha adiante de qualquer maneira. Para isso, as autoridades ucranianas trouxeram de Kiev para Buenos Aires um cartaz reduzido que será exibido nas ruas da capital argentina.

Kiev acusa a Rússia de invadir a Crimeia após o conflito civil em 2014 que culminou com a queda do então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Logo após a eleição de um novo governo central, cidadãos da península votaram por se separarem da Ucrânia e voltarem à Federação Russa, gerando reações internacionais e sanções contra Moscou que perduram até hoje.

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