No artigo, publicado no portal The Conversation, os cientistas explicam que as placas tectônicas que formam a crosta terrestre estão em movimento constante, deslocando-se a uma velocidade de poucos centímetros por ano. Em termos geológicos, isso faz com que, de vez em quando, os continentes se juntem em um supercontinente que se mantém unido durante centenas de milhões de anos antes de se dividir novamente.
Segundo os autores do estudo, há quatro cenários fundamentais para a formação do próximo supercontinente: Novopangea, Pangeia Última, Aurica e Amasia.
Novopangea
Se mantiverem as condições atuais — com o Atlântico a se ampliar e o Pacífico a diminuir — o novo supercontinente se formaria na parte oposta à antiga Pangeia, indicam especialistas. As Américas se colidiriam com a Antártida, que continuaria se movendo ao norte e, em seguida, com a África e Eurásia já unidas, para criar a chamada Novopangea.
Pangeia Última
Se a expansão do Atlântico começar a se interromper, seus dois pequenos arcos de subducção poderiam se estender ao longo da costa oriental das Américas, o que levaria a uma recreação de Pangeia. Os continentes voltariam a se unir em um supercontinente chamado Pangeia Última, que estaria rodeado por um superoceano Pacífico.
Aurica
No caso de aparecerem novas zonas de subducção no Atlântico, ambos os oceanos poderiam se fechar e criar uma bacia oceânica. Neste cenário, a rachadura pan-asiática, que atualmente atravessa a Ásia, iria se abrir para formar um novo oceano. O resultado disso seria a formação do supercontinente Aurica, em cujo centro estaria a Austrália.
Amasia
O quarto cenário supõe um "destino completamente diferente para a Terra futura", segundo os pesquisadores. É destacado que várias placas tectônicas, inclusive a África e Ásia, estão se movendo atualmente ao norte. É possível que todos os continentes, exceto a Antártida, continuem avançando ao norte até se unir ao redor desse Polo em um supercontinente, nomeado de Amasia.
De acordo com as avaliações dos cientistas, o cenário da Novopangea é o mais provável, sendo uma progressão lógica das tendências atuais, enquanto os outros três precisam da intervenção de processos adicionais.